PRAÇA DO MIGRANTE |
CASCAVEL – 1975 |
A proposta para este projeto partiu da ideia de criar um contexto que pudesse oferecer espaços destinados a um memorial da Cidade, além de outros equipamentos de lazer e recreio que a Cidade necessitava.
Naquele momento Cascavel já apresentava contornos definitivos do que seria a mais importante cidade do oeste em todos os sentidos.
As formas escultóricas impostas à arquitetura deveriam traduzir monumentalidade, mas também implantar ali o que no futuro provocariam mentes a se reportarem aos fatos mais relevantes de sua vida econômica, ética e cultural pregressa...
A extração da madeira na época foi um fato relevante! Imaginamos dois elementos: um vertical com significado de tronco de arvore e outro horizontal...deitado, como seu produto...a tábua...
Do tronco - já oco...corroído - abrigaria, do alto a queda de d’agua em cascata que representaria “lagrimas” de pesar da natureza pelo ocorrido, pelas inevitáveis e “necessárias” derrubadas – hoje inimagináveis – do que sobrou, a tábua, ícone que representaria o progresso, o futuro, as edificações que viriam. Lembro-me que na época estavam em atividade no município mais de duzentos e cinquenta serrarias.
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COMPLEXO PENITENCIÁRIO
E COLÔNIA PENAL AGRÍCOLA DO OESTE DO PARANÁ |
CURITIBA – 1985 |
Em 05 de dezembro de 1985 sagrou-se vencedor do Concurso de Arquitetura para abrigar o Complexo Penitenciário e Colônia Penal Agrícola do Oeste do Paraná, com 18.891 m², instituído pelo Governo do Estado do Paraná.
O projeto do arquiteto Nilson Gomes Vieira define a questão ocupação do solo: À agricultura serão destinados 98 hectares. Aos hortifrutigranjeiros serão reservados 79 hectares, à pecuária 65,5 hectares e o restante, de um total de 243 hectares, será dividido entre piscicultura, ovinocultura e floricultura, entre outras.
Na Colônia Penal Agrícola serão construídos dois grandes blocos: o Parque Agrícola e as Obras de Apoio Externo. O primeiro será composto por escritórios, residência do administrador e dois pavilhões, incluindo oficina para implementos agrícolas, depósito para peças e ferramentas e um box para lavagem e abastecimento de máquinas agrícolas e veículos. A Colônia Penal Agrícola abrigará duzentos internos em regime semiaberto, numa área de 4.378,5 metros quadrados.
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Alojará ainda, em outras dependências, mais duzentos detentos, estes em regime fechado, numa área de 7.138 metros quadrados. Ainda em unidade independente, em área de 950 metros quadrados (incluindo escolas e oficinas). Abrigará trinta menores entre dezesseis e dezoito anos. Somando-se a área que será destinada aos 430 detentos as áreas do Parque Agrícola (902 metros quadrados) e das Obras de Apoio Externo (2.100 metros quadrados), a Colônia terá um total de com 18.891 m², de área construída. |
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TEATRO MUNICIPAL DE LONDRINA |
LONDRINA - 2007 |
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Para adequar o funcionamento do complexo, todos os acessos de público deságuam no saguão, a partir do qual se faz a distribuição dos fluxos. O saguão interliga as salas de espetáculo e seus foyers.
O acesso principal ao edifício, pela Rua Atílio Octavio Bizato, é dotado de área protegida por marquise que possibilita abrigar, concomitantemente, o embarque e desembarque de até dez veículos.
Uma conveniente leitura das inter-relações das funções do espaço indica a adoção de circulações em “camadas”, geometricamente resolvidas em setores de circunferências concêntricas que propiciam eficiência no uso.
Os foyers dos teatros estão ligados a praças paisagísticamente tratadas, abertas ao exterior que, conjugadas aos pés-direitos altos, deverão gerar um microclima agradável.
As praças, como extensão dos foyers, são semicobertas e destinadas à convivência, área para fumantes, café e eventos variados. |
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SEDE PARA O CREA/PR |
CURITIBA - 2009 |
Arquitetura pode ser arte e técnica... emoção e precisão!
Tanto quanto possível, aquilo que nos é destinado, deve ser extensão de nós mesmos... psicossomáticossociais...que somos.
Buscamos um edifício um tanto quanto austero como requer e convém o caráter já consagrado do Promotor, como órgão fiscalizador.
Perspectivas foram imaginadas, porém o que procuramos foi preparar condições de plasticidade para que possam ser obtidas; é o que se pode desejar nesta fase de estudo.
A obra não será monumental em seu volume, porém, alcançando o propósito ao qual nobremente se destina, poderá ser grandiosa, mormente se tornar-se referencia e pioneira na adoção dos pulmões urbanos elevados, adiante propostos.
Buscar soluções que possibilitem:
1 > AO PROMOTOR > manter o conjunto arquitetônico sempre atual, sintetizando características de marco e memorial cultural como convém ao CREA.
2 > À COMUNIDADE > acesso facilitado, imediato, ao EDIFICIO proporcionando maior aproximação, como convém ao CREA; (... um prolongamento da rua.).
3 > AO PROMOTOR E À COMUNIDADE > alcançarem sustentabilidade para a obra publica, pela economia plena (custos x benefícios) na melhor sinergia entre manutenções e de mantenimento e expansão controlada. |
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COBERTURAS PULMÃO:
Acalentamos desde 15.4.79 – quando publicamos um primeiro ensaio – um sonho de um dia ver nas cidades com acentuado índice de poluição atmosférica terem seus terrenos construídos resgatados em suas respectivas coberturas com vegetação que funcionariam como área de amenização e melhoria da qualidade de vida urbana atual.
Jardins seriam produzidos nestes espaços que hoje somente servem apenas a coberturas – abandonadas, feias e sujas – aos edifícios amenizando dessa forma a extrema carência de praças públicas nos grandes centros para o descanso, a contemplação e o encontro de moradores condôminos.
A IDÉIA PARA UMA LEGISLAÇÃO:
Os jardins funcionariam como verdadeiros pulmões urbanos elevados, onde poderiam ser implantadas espécies vegetais produzidas com volumes reduzidos, na prontidão cultural BONSAI – ou outra.
A construção da obra, mesmo que por conta do condomínio, deveria receber algum tipo de incentivo – e até mesmo subsídio-público para a finalidade. É de interesse do governo a melhoria da qualidade do ar e da vida das Cidades!
As espécies vegetais seriam desenvolvidas, fornecidas e repostas pelo governo – da mesma forma, também parte interessada – que as produziriam em hortos especialmente criadas para esse fim. IMAGINE-SE SOBREVOANDO SÃO PAULO QUE VISÃO FANTÁSTICA TERÍAMOS...UM JARDIM IMENSO...UM POVO MAIS FELIZ!
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SESC/SP |
OSASCO - 2013 |
A Grande Praça onde todos se encontram
A restrição de uso com edificações na “espinha dorsal do imóvel” – além de outras igualmente imperativas: naturais ou legais – que se caracteriza como um verdadeiro divisor do território – nos fez, de imediato imaginar ali implantada uma praça linear, um tipo de “Core” que receberá tratamento paisagístico como zona verde de integração – que molda espaços cria perspectivas, integra e condiciona, protege e envolve.
Com 15 m de largura, poderá se tornar a protagonista de todas as atividades e funções. Este amplo espaço poderá ser equipado com mobiliário de uso externo como bancos, decks, pergolados aplicados sobre piso drenante removíveis.
A par, imaginamos, uma alameda com largura generosa (5m), coberta por beiral em balanço, que promoverá a conexão e distribuição das circulações em todo o campus e ao longo do edifício sede.
Outros locais de lazer e recreio estão projetados com tratamento paisagístico generoso e devidamente equipados.
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